작성자 : 임두빈 작성일 : 2015-08-03 15:11:11 조회수 : 1,437
국가 : 브라질 언어 : 포르투갈어
원문링크 : http://www.empiricus.com.br/category/posts/
구분 : 경제
출처 : Empiricus
발행일 : 2015.08.03

O espelho do “diga-me com que andas” revela uma imagem perturbadora.
 

Estamos casados com a Venezuela num grupo raro de nações em situação crítica, reconhecido internacionalmente como “calamitoso”.


Explico como chegarmos lá.


Na década de 1960, o economista americano Arthur Okun popularizou um cálculo simples, apelidado de Índice da Miséria.


Esse índice faz a soma entre a taxa de inflação de um país e a taxa de desemprego.


Para o Brasil atual, temos 8,9 de inflação, acrescidos de 6,9 de desemprego, perfazendo um total de 15,8 pontos que nos coloca junto aos destaques globais.


Em 1999, outro famoso economista, Robert Barro, apurou a metodologia de Okun de forma a agregar também a taxa de juros.


Somando os 15,8 de Okun com 14,2 de Selic, alcançamos um emblemático Índice “Barro” de Miséria de 30 pontos - que deixa de ser mero destaque para assumir um posto vergonhoso entre os líderes (Venezuela, Irã, Grécia, Sérvia e Argentina).


Por incrível que pareça, nosso processo de venezualização é ainda mais grave.


Como extensão natural de Arthur Okun e Robert Barro, os macroeconomistas contemporâneos chegaram à definição do Clube das Calamidades.


É dificílimo entrar nesse clube.


O critério de seleção é dos mais rigorosos.


Para ganhar acesso, o Governo de um dado país precisa ter uma taxa de aprovação popular menor do que sua taxa de inflação.


Por vários anos, esse filtro foi motivo de chacota. Seu enquadramento era tão absurdo que apenas um país como a Venezuela conseguia atender aos requisitos.


O Clube das Calamidades sempre foi tido como o clube indisputável de um único titular.


Não é mais o caso.


Com incríveis 7,7% de aprovação e 8,9% de inflação, o Governo Dilma desafiou a exclusividade venezuelana.


Diante de tamanho feito, o reingresso em outro clube, do Grau Especulativo, me parece cada vez mais provável.


Não falo por ironia ou sarcasmo.


Os riscos, já sérios, se tornaram graves em julho.


A Bolsa brasileira derreteu -4,17% no mesmo mês em que o dólar se aproximou rapidamente dos R$ 3,50.


Esta história não termina assim; há uma conclusão necessária por vir.


Temos que nos proteger - e até mesmo lucrar - com as potenciais calamidades reservadas para agosto.


Nos próximos dias, mostraremos os resultados que a Carteira Empiricus é capaz de entregar, especialmente neste contexto grave.


Fique atento, acompanhe de perto.


Queremos andar em boa companhia.

Até a próxima,

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