Politica Externa - Para presidente Lula, economia brasileira começa a dar sinais de recuperação 15/06/2009
작성자 : 임두빈 작성일 : 2011-01-13 10:47:01 조회수 : 262

Apresentador: Olá você em todo o Brasil. Eu sou Luciano Seixas e começa agora mais um Café com o Presidente o programa de rádio do presidente Lula. Olá, presidente, como vai? Tudo bem?

Presidente: Tudo bem, Luciano.

Apresentador: Presidente, o senhor está na Suíça e nós estamos nos estúdios da EBC, aqui em Brasília. O IBGE divulgou, na semana passada, o resultado do Produto Interno Bruto do primeiro trimestre deste ano, que teve uma redução de 0,8%. Como é que o senhor avaliou esse resultado?

Presidente: Luciano, como presidente da República, que trabalha para gerar empregos e aumentar a renda dos trabalhadores eu, obviamente, que me sinto um pouco triste. Eu gostaria que o PIB tivesse crescido 5% e não caísse. Acontece que a queda do PIB é resultado da crise mundial e outros países ricos tiveram uma queda infinitamente superior à do Brasil. O que é importante é que o pior já passou e a economia brasileira está dando sinais enormes de recuperação. Seja por conta dos investimentos públicos dos municípios, dos estados e do governo federal, seja por conta das obras do PAC, seja por conta da entrada do capital estrangeiro, ou até por conta dos empresários brasileiros, que começam a perceber que é preciso investir agora, para a gente recuperar o tempo perdido. Uma coisa extremamente importante: o Brasil está com a economia arrumada, nós entramos por último nessa crise e nós vamos sair primeiro que todos os países, dessa crise. E há uma razão para que a gente acredite nisso: essa queda de 0,8% no Brasil, ela se deu também por conta de que alguns setores da economia que se precipitaram em praticamente acabar com os seus estoques. Eu poderia pegar, como exemplo, a indústria automobilística, que no mês de dezembro, praticamente não produziu carros, deu férias coletivas, e isso tem um significado muito importante na queda do PIB brasileiro. Eu espero que agora os empresários estejam conscientes de que os trabalhadores brasileiros, os consumidores brasileiros seguraram a economia brasileira. Os investimentos do Estado e o consumo da população é que não permitiram que o Brasil tivesse um efeito mais danoso na queda do seu PIB. Portanto, na sua economia. De qualquer forma, eu acho que a gente não deve ficar olhando pelo retrovisor do carro agora, porque estamos numa pista de bastante velocidade, para que a gente volte a recuperar o crescimento econômico, fazer os investimentos necessários e fazer o Brasil voltar a crescer. Eu continuo otimista e acho que o pior já passou para o nosso país.

Apresentador: Presidente, uma decisão importante, que saiu na semana passada, foi a queda na taxa de juros Selic. O que pode significar para a economia brasileira esse novo percentual?

Presidente: Olha, eu acredito que o que aconteceu com a taxa Selic é a demonstração da seriedade com que nós tratamos a política monetária. E isso é importante porque, obrigatoriamente, os bancos privados e bancos públicos vão ter que reduzir as taxas de juros para que a gente possa facilitar o crédito para a população. é importante lembrar que, desde que foi criada a taxa Selic, é a primeira vez que ela está abaixo de dois dígitos. é a primeira vez desde 1986, o que é uma coisa extremamente significativa. Mas não basta taxa Selic cair. é importante que ela caía, mas é importante que o spread bancário diminua no Brasil. O spread ainda está muito alto, o spread ainda está seletivo, e nós vamos manter todo o esforço para controlar a inflação. Porque quem vive de salário sabe perfeitamente bem que a inflação baixa é um ganho extraordinário na vida de uma dona de casa, na vida de um trabalhador, quando ele vai no supermercado fazer compras. Por isso, eu estou feliz com o momento que o Brasil está vivendo. Poderíamos estar melhor se não fosse a crise mundial. Mas eu acho que o Brasil vai dar lições a muita gente de como se enfrenta uma crise econômica.

Apresentador: Você está ouvindo o Café com o Presidente, o programa de rádio do Presidente Lula. Presidente, o senhor está na Suíça, onde vai participar da Conferência Internacional do Trabalho para debater a crise mundial do emprego. O que o senhor vai defender durante o evento?

Presidente: Olhe, na última reunião que participamos em Londres, no G-20, acordamos que nós iríamos fazer uma carta para que a OIT pudesse participar das reuniões do G-20, porque lá você tem FMI, você tem Banco Mundial e é importante, então, que você tenha, sabe, a OIT, que representa os interesses dos trabalhadores do mundo inteiro. E o que nós precisamos debater é não permitir que os trabalhadores sejam vítimas da crise ou apenas eles paguem pela crise. Nós temos que estar mais preocupados, todos os líderes, em garantir emprego para o povo, que é isso que conta no crescimento da economia.

Apresentador: Depois o senhor segue para a Rússia e também o Cazaquistão, não é isso?

Presidente: Eu vou para a Rússia e vou para o Cazaquistão. Primeiro porque nós vamos na Rússia ter uma reunião dos BRICs. China, índia, Brasil e Rússia vão participar e é importante que nós estejamos afinados nas nossas participações em outros fóruns multilaterais. Porque esses quatro países juntos representam praticamente metade da população mundial. Esses quatro países juntos representam grande parte do consumo da humanidade hoje. E, portanto, nós somos economias emergentes. Cada um tem o seu problema, mas cada um também tem a sua virtude. E nós queremos nos colocar de acordo sobre temas importantes, sobretudo com o G-20, para que a gente faça prevalecer a política adotada nos nossos países, anticíclicas, que tão bem está enfrentando a questão da crise.

Apresentador: Muito obrigado presi...

Presidente: E ao Cazaquistão, Luciano, eu vou para abrir novas fronteiras para o Brasil.

Apresentador: Tá certo. Muito obrigado presidente, e até a semana que vem, então.

Presidente: Obrigado a você, Luciano.

Apresentador: O programa Café com o Presidente volta na próxima segunda-feira. Até lá.

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