Indústria petrolífera - Realização de conferências é novo paradigma para discutir questões importantes para o país 15/03/2010
작성자 : 임두빈 작성일 : 2011-01-17 10:40:36 조회수 : 270

Apresentador: Olá você em todo o Brasil, eu sou Luciano Seixas e começa, agora, o Café com o Presidente. O programa de rádio do Presidente Lula. Olá, presidente, como vai? Tudo bem?
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Presidente: Tudo bem, Luciano.

Apresentador: Presidente, o senhor está em Jerusalém, Israel, e nós estamos nos estúdios da EBC, aqui em Brasília. Na semana passada, o senhor esteve no Rio de Janeiro e no Paraná acompanhando obras de refinarias de petróleo. O governo tem investido e priorizado a construção de novas refinarias e a modernização das já existentes. Por que isso, presidente?

Presidente: Olha, primeiro nós temos investido em novas refinarias, porque nós acreditamos que com o pré-sal o Brasil vai ser um grande exportador de derivado de petróleo. Nós não queremos exportar o petróleo cru, nós queremos exportar produtos que possam gerar maior ganho para a Petrobras e maior ganho para o Brasil, por isso que nós estamos fazendo refinarias no Maranhão, refinarias no Ceará, refinarias em Pernambuco, há refinarias no Rio Grande do Norte, e também estamos recuperando grande parte das nossas refinarias, ou seja, são grandes investimentos para que nós possamos adequar as nossas refinarias a produzir um petróleo de melhor qualidade, sobretudo o óleo diesel e a gasolina, que tem um conteúdo de enxofre muito forte, e nós queremos produzir gasolina num padrão internacional. Os investimentos são extremamente importantes, porque no Rio de Janeiro, no COMPERJ (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), nós estamos fazendo uma refinaria e um pólo petroquímico, ou seja, isso é extremamente importante porque vai criar uma dinâmica do desenvolvimento da indústria petroquímica no Brasil. E no Paraná, nós fomos participar de um investimento de US$ 5.4 bilhões na refinaria que vai gerar, no mês de julho, agora, aproximadamente, 20 mil novos empregos no estado do Paraná. E tudo o que nós precisamos no Brasil é fazer investimentos para gerar emprego, gerar renda, gerar salário e gera melhoria de qualidade de vida do povo brasileiro.

Apresentador: Presidente, no Rio, o senhor esteve também na Rocinha para várias inaugurações. O que o senhor viu de mais importante lá?

Presidente: Olha, eu penso que duas coisas me chamaram a atenção na Rocinha. Primeiro: Eu participei da inauguração da UPA na Rocinha, uma unidade de pronto atendimento na área da saúde. É uma UPA extraordinária que vai atender 24 horas por dia o povo da Rocinha, e vai dar um atendimento de primeira categoria. Depois, o que eu fiquei impressionado foi com o centro esportivo criado na Rocinha, uma coisa extraordinária que vai ensinar a meninada a jogar vôlei, vai ensinar a meninada a jogar futebol, a praticar judô, natação... No fundo, no fundo, eu disse para a meninada lá: "O que nós estamos querendo é que quando chegar a Olimpíada de 2016, a gente tenha vários meninos pobres do Brasil inteiro e da Rocinha disputando uma medalha de ouro". Seria uma glória que essa gente mais humilde, que acha que as coisas nunca são feitas para eles, pudesse desfrutar e pudesse conquistar essas medalhas. Então, foi uma coisa estupenda, Luciano, que eu vi, acho que o Brasil tem chance de produzir grandes atletas a partir de políticas como esta, e não vamos ficar só na Rocinha, vamos fazer isso em todo o território nacional, para garantir que a juventude brasileira se motive a se preparar para participar das Olimpíadas de 2016.

Apresentador: Você está ouvindo o Café com o Presidente, o programa de rádio do Presidente Lula. Presidente, na semana passada, o senhor também participou da abertura da 2ª. Conferência Nacional de Cultura. Essa é uma característica muito clara desse governo, não? A conversa e discussão permanente com a sociedade sobre os mais diversos temas.

Presidente: Luciano, ao todo nós já fizemos 67 conferências, e essas conferências têm tido resultado excepcional pelo envolvimento do povo brasileiro a nível de município, a nível de estado e a nível federal. Só para você ter idéia, a Conferência Nacional da Cultura teve a participação de mais de 220 mil pessoas nos municípios e nos estados, até chegar a Conferência Nacional. E a Conferência chega em Brasília com uma força enorme, são pessoas envolvidas com música, com teatro, com cinema, com arte, que estão dispostas a contribuir para que o Brasil tenha uma política de cultura nacional, para que o dinheiro público possa ser nacionalizado, para que as estados mais pobres recebam ajuda do governo, para que os artistas dos estados mais pobres tenham oportunidade de aparecer e de mostrar o seu trabalho. Eu penso que nós criamos um outro paradigma para discutir as coisas importantes no Brasil. Ao invés de um Presidente da República sentar no seu gabinete e convocar uma empresa de assessoria, de consultoria, e produzir um programa, é melhor a gente ouvir o povo brasileiro. Nós entendemos que é muito mais provável que o governo acerte quando ele ouve o povo, do que se o governo ficar contratando apenas algum especialista para fazer um programa. Deixar o povo participar é a certeza absoluta que a gente vai fazer as coisas mais corretamente democrática, e o povo vai se sentir mais feliz porque está contribuindo para a definição das políticas públicas que serão implantadas no Brasil.

Apresentador: Muito obrigado, presidente Lula, e até a próxima semana.

Presidente: Obrigado a você, Luciano, e até a próxima semana.

Apresentador: Você pode acessar esse programa no seguinte endereço: www.cafe.ebc.com.br. O programa Café com o Presidente volta na próxima segunda-feira. Até lá.

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